sexta-feira, 27 de julho de 2012

A escolha da agulha certa

Recebi de uma amiga minha um link para assessar essa página:http://www.diabetesnoscuidamos.com.br/gente_palavra_profissional.aspx?id=980
que trata de um assunto muito importante sobre a escolha da agulha certa para aplicação de insulina.Lembrando que o seu médico ou de seu filho(a) é  que é o mais indicado para orientar sobre isso,mas ler também nos acrescenta muitas informações que as vezes não tínhamos conhecimento e que as vezes pode nos ajudar.A entrevista  foi feita com a enfermeira Silvana Speggiorin, da SBD.
Leiam!Eu já vi que estou usando na Marcela a agulha certa para a caneta aplicadora de insulina!E você?Será?Sempre destaco o que acho de muito importante e que as pessoas não devem deixar de ler!!!

Palavra de profissionais

Foto enfermeira Silvana Speggiorin, da SBDEscolha e uso de agulhas têm recomendações
Entrevista com a enfermeira Silvana Speggiorin, da SBD

Quando nosso organismo precisa obter mais insulina do que a que consegue produzir temos de buscar a forma mais confortável e segura de aplicá-la. Por todo o mundo, os especialistas enfatizam a importância da escolha da agulha ser estabelecida com ajuda e acompanhamento de um profissional de saúde. Canetas ou seringas? Como obter mais eficiência da insulina? Há segredos e orientações? Para começar, assistente e assistido consideram as características físicas individuais, os hábitos e preferências do paciente e norteiam-se por referências convencionadas, observa Silvana Speggiorin, coordenadora do Departamento de Enfermagem da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
A insulina deve ser injetada no tecido subcutâneo - camada de gordura logo abaixo da pele - e por isso o comprimento da agulha é tão importante, explica Silvana. Estudos recentes comprovaram que a espessura da pele é semelhante entre todas as pessoas adultas e raramente ultrapassa 3 mm no local da injeção, mas a espessura do tecido subcutâneo varia significativamente conforme idade, sexo, região do corpo e índice de massa corporal. Assim, agulhas maiores que 8 mm podem causar injeções intramusculares, o que provoca absorção mais rápida da insulina, aumentando o risco de hipoglicemias precoces e glicemias mais altas posteriormente. Em crianças pequenas ou magras, mesmo as agulhas de 8 mm podem ocasionar aplicação no músculo.
A diretriz adotada pela SBD sobre o assunto segue as determinações do The Third Injection Technique Workshop In Athens (TITAN), que reuniu 127 especialistas de 27 países para definir que tipos de agulha e para quem devem ser indicados, entre outras recomendações. Seguem algumas delas:
- Agulhas de 4 e 5mm - indicadas para crianças e adultos - devem ser inseridas no subcutâneo a 90º, sem necessidade de prega subcutânea, que é a dobra de pele feita com o auxílio de dois dedos para facilitar a introdução da agulha e da insulina. O profissional deve avaliar a necessidade da prega subcutânea em pessoas magras.
- Agulhas de 6 mm - em adultos, devem ser introduzidas a 90º graus sem prega subcutânea; em adultos magros, crianças e adolescentes, introduzir em 90º com a prega subcutânea ou introduzir em ângulo de 45º, sem prega.
- Agulhas de 8 mm - em adultos, devem ser inseridas no subcutâneo a 90º com a realização da prega subcutânea; em crianças e adolescentes introduzir em 45 º e realizar a prega subcutânea. Obs: em adultos o profissional deve avaliar e orientar o ângulo de inserção da agulha para prevenir aplicação intramuscular.
- Agulhas de 12,7 mm - indicadas apenas para adultos e obesos - devem ser inseridas no subcutâneo a 90º ou 45º, com necessidade de prega subcutânea.
O profissional deve avaliar e orientar o ângulo de inserção da agulha para prevenir aplicação intramuscular. Essas agulhas mais longas estão caindo em desuso porque as mais curtas são mais seguras, confortáveis e efetivas.
A agulha deve ser inserida totalmente no subcutâneo independente do comprimento.
Silvana explica que agulhas com comprimento de 4, 5 e 6 mm são encontradas apenas em canetas.
A partir de 8 mm, elas são utilizadas em seringas.



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Palavra de profissionais

Foto do endocrinologista Roberto Luís Zagury, do IedeAgulha certa também ajuda no controle da glicemia
Entrevista com o endocrinologista Roberto Luís Zagury, do Iede

Viver com diabetes pode ser algo tranquilo quando se tomam alguns cuidados. É preciso cuidar da alimentação, seguir as orientações médicas e, de preferência, completar tudo isso com alguma atividade física. O que também é muito importante é que a escolha da agulha adequada tem papel fundamental no aproveitamento da insulina e melhor controle da glicemia. O alerta é do endocrinologista Roberto Luís Zagury, do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), do Rio de Janeiro.
Zagury explica que existem diversos comprimentos de agulhas, sendo os mais comuns os de 4, 6, 8 e 12,7 mm, e que a escolha do tamanho a ser utilizado pelo paciente deve ser feita por um profissional de saúde, levando em consideração fatores como tipo físico e faixa etária, entre outros. Isso porque agulhas mais longas, quando utilizadas por pessoas magras ou por crianças, podem ultrapassar a camada subcutânea e atingir a musculatura gerando risco de hipoglicemia.
Por outro lado, quando a escolha recai sobre uma agulha curta demais, o risco é de haver uma entrega de insulina muito superficial. Alguns estudos recentes, feitos com ultrassonografia para verificar a espessura da epiderme e derme de pacientes com diferentes características (IMC, sexo, idade, tipo de diabetes etc.), mostraram que a agulha de 4 mm pode ser utilizada por praticamente todos os pacientes, desde que a aplicação seja feita a 90º e sem prega cutânea - a dobra de pele feita com o auxílio de dois dedos para facilitar a introdução da agulha e da insulina.
Como forma de orientação genérica, crianças e adolescentes não devem utilizar agulhas maiores que 6 mm e os adultos não devem ultrapassar a marca dos 8 mm.
Zagury considera que um dos principais avanços no tratamento do diabetes foi a diminuição do tamanho das agulhas, não só em relação ao comprimento, mas, também, ao diâmetro. "Na década de 80, as agulhas tinham 0,5 mm de diâmetro, e era necessário afiá-las a cada 2 ou 3 dias com uma lima para reduzir o desconforto, mas hoje as agulhas chegam a ter apenas 0,2 mm de diâmetro", relata o endocrinologista.
Seguindo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Zagury desaconselha o reaproveitamento de agulhas, mas, se o paciente insistir em recorrer a essa opção numa emergência, ele lembra que qualquer tentativa de higienização da agulha usada tende a causar ainda mais complicações. Por isso, quando a reutilização for inevitável, a agulha deve ser guardada na capa original. "Qualquer limpeza remove a camada de silicone que recobre a superfície externa da agulha, gerando maior desconforto na hora da reutilização", explica o médico.

BOM FINAL DE SEMANA A TODOS!

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